5 cores que não combinam com verde – e o que usar no lugar

O verde é uma das cores mais apreciadas universalmente. Associado ao mundo natural, transmite uma sensação de tranquilidade quando aplicado em projetos de interiores e está disponível em diversas variações, desde tons suaves, como o verde sálvia, até nuances mais escuras e intensas.

Ao utilizar o verde na decoração, é essencial combiná-lo com as cores adequadas para preservar sua característica acolhedora. Quando tons saturados de verde são combinados com determinadas cores, o resultado pode ser visualmente intenso e comprometer a harmonia do ambiente.

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Segundo Tash Bradley, chefe de design de interiores da Lick, “o verde é o neutro da natureza e pode ser combinado com quase tudo”. No entanto, a forma como essa cor é utilizada depende do peso tonal do verde escolhido, das cores complementares e das proporções em que são aplicadas no espaço.

5 cores que não combinam bem com verde

Paletas de cores suaves funcionam na maioria das combinações, permitindo que tons delicados, como o verde sálvia, harmonizem bem com cores como rosa claro ou bege pedra, explica Tash Bradley. No entanto, quanto mais vibrantes e saturadas forem as cores, mais intensas e desequilibradas algumas combinações podem parecer.

A seguir, veja quais combinações de cores devem ser evitadas ao decorar com verde para garantir um visual equilibrado e sofisticado.

1. Amarelo

Para evitar um visual excessivamente estimulante, a combinação de verde primário com amarelo saturado em grandes proporções deve ser evitada, pois pode criar um efeito visual agressivo e desequilibrado, explica Tash Bradley.

A designer de interiores Kati Curtis também desaconselha o uso do amarelo em ambientes predominantemente verdes, afirmando que essa dupla, especialmente em tons vibrantes, pode sobrecarregar os sentidos e prejudicar a harmonia estética do espaço.

No entanto, isso não significa que a combinação de verde e amarelo não possa funcionar. Segundo a designer Betsy Wentz, é necessário um equilíbrio cuidadoso entre a saturação e a luminosidade das duas cores para evitar um efeito visual excessivo.

Kati Curtis sugere que a melhor abordagem é optar por variações mais suaves dessas cores ou usá-las estrategicamente como tons de destaque, em vez de dominantes no ambiente. Esse método permite que o design mantenha sofisticação e profundidade, evitando o contraste excessivo que pode comprometer a harmonia visual do espaço.

2. Cores secundárias

A combinação de cores secundárias pode resultar em um visual excessivamente intenso. A designer de interiores Christina Simon, do Christina Simon Studio, explica que prefere evitar esse tipo de combinação, pois cada cor deve ter nuances para criar um efeito equilibrado. Segundo ela, a junção de um verde Kelly vibrante com um roxo igualmente intenso pode ser visualmente exagerada.

Outra cor secundária que pode ser desafiadora ao lado do verde é o laranja. A designer Nadia Watts destaca que tons vivos de laranja combinados com verde criam um contraste muito forte, que pode sobrecarregar os sentidos. Embora estejam em lados opostos no círculo cromático, essa oposição nem sempre resulta em harmonia, podendo gerar um efeito visualmente desconfortável e excessivamente marcante.

3. Branco brilhante

A combinação de verde com branco é um clássico na decoração, mas quando o tom de branco é muito intenso, o contraste pode se tornar desequilibrado. Patrick O’Donnell, especialista em cores da Farrow & Ball, ressalta que, especialmente no caso do verde sálvia, é preferível optar por um branco mais suave, evitando tonalidades muito marcantes.

Segundo Patrick, o ideal é combinar verdes suaves com brancos levemente esmaecidos, que possuam nuances sutis de verde. Essa abordagem ajuda a manter a harmonia visual do ambiente, evitando contrastes excessivos e criando uma composição equilibrada e aconchegante.

4. Vermelho

A combinação de vermelho e verde pode rapidamente remeter a uma estética natalina, especialmente quando ambos os tons são intensos e saturados. Segundo a designer Nadia Watts, essa é uma junção de alto contraste que pode se tornar visualmente excessiva, principalmente em espaços menores.

Helen Shaw, diretora de marketing de cores da Benjamin Moore, também destaca que essa combinação deve ser evitada, pois vermelho e verde, por estarem em lados opostos do círculo cromático, podem criar um efeito visualmente estimulante e desconfortável quando usados de forma inadequada.

Como alternativa, tons pastel oferecem um equilíbrio mais suave, permitindo a presença de cor sem sobrecarregar o ambiente. Essas tonalidades sutis contribuem para uma atmosfera mais relaxante e harmoniosa, sem exigir grande adaptação visual, tornando o espaço mais agradável e acolhedor.

5. Cores complementares

Para a designer de interiores Olivia Westbrooks, cores quentes que são complementares ao verde no círculo cromático devem ser evitadas, dando preferência a uma paleta análoga para criar um ambiente mais harmonioso e equilibrado.

Segundo Olivia, cores complementares e quentes tendem a intensificar a vivacidade umas das outras, criando um alto contraste visual. Isso pode resultar em um efeito mais dinâmico do que o desejado, especialmente em espaços que buscam transmitir tranquilidade.

Para um visual mais sereno e sofisticado, a recomendação é combinar o verde com cores análogas mais frias, como azul e roxo, optando por tonalidades suaves e menos saturadas. Essas variações contribuem para um ambiente equilibrado e agradável, sem excessos visuais.

No entanto, é importante lembrar que essas são apenas diretrizes gerais. A escolha das cores deve sempre refletir as preferências pessoais, garantindo que o espaço seja agradável e inspirador para quem o utiliza.

Conclusão

Ao escolher as cores para combinar com o verde na decoração, é essencial considerar o equilíbrio visual e a sensação que se deseja criar no ambiente. Algumas combinações podem resultar em contrastes excessivos ou até mesmo transmitir uma estética desarmoniosa, comprometendo a proposta do espaço. Cores como amarelo vibrante, vermelho intenso e tons complementares quentes tendem a criar um efeito visual estimulante demais, enquanto variações mais suaves e análogas garantem uma composição mais sofisticada e agradável.

No entanto, a decisão final sempre deve levar em conta as preferências pessoais e o estilo desejado para o ambiente. Embora certas combinações possam ser evitadas para manter a harmonia, não há regras absolutas na decoração. Com um planejamento cuidadoso e a escolha certa de tons e proporções, é possível criar espaços que refletem personalidade e aconchego, explorando o verde de forma equilibrada e elegante.

Referência: Homes And Gardens

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